Grande parte dos católicos
já ouviu falar sobre a Nova Era, e muitos se perguntam: “o que realmente é a
Nova Era?”. O que não se pode negar é que a mesma provoca um verdadeiro
fascínio nas pessoas. Sabe-se que a “New Age” é uma mistura perigosa de
doutrinas, crenças, esoterismo, dentre outras que vem repercutindo no cenário
político, moral e educacional, e também muito difundido em meios de
comunicações, e outras esferas da nossa sociedade.
O questionamento mais pertinente é porque agora em meados do
século XXI tem-se abordado veementemente o tema da Nova Era. Para quem crê na
Nova Era acredita-se que o terceiro milênio não acontece somente dois mil anos
após o nascimento de Cristo, mas marca um momento em que os astrólogos citam
como a transição da Era de Peixes- que para eles é a era cristã- para a era de
Aquário, ou seja, para os astrólogos estamos em meio ao fim da era cristã.
Muitos dos ataques que a Igreja sofre, e toda essa propagação de valores
invertidos onde se esquece de Deus e valoriza-se o homem, seja numerosamente
explicada pela Nova Era, ou melhor, a Nova Era serve como explicação para todos
esses fatos. Este fenômeno invade lenta e imperceptivelmente a vida das
pessoas, e é necessário enxergar tais atitudes com uma óptica cristã. É correto
afirmar, que hoje as pessoas oscilam entre a certeza e incerteza,
principalmente no que diz respeito a sua identidade, o que faz com que se tenha
outro modo de enxergar a Igreja e seus dogmas. É pintado um quadro onde a
Igreja é retrógrada, autoritária e patriarcal, e que nada defendido por ela é
útil para a sociedade, desdenhando de tudo aquilo que já foi feito, e que
serviu de grande contribuição para a construção da moral da sociedade, em
especial a sociedade ocidental, o que acaba resultando que as pessoas olham pra
dentro de si mesmas para encontrar um sentido de força. A Nova Era faz uma
propaganda bem feita ao prometer paz, fraternidade, liberdade, mesmo sabendo
que a Igreja já o faz isso, porém é vendida a imagem da racionalidade que para
o mundo moderno se opõe a mística católica, e isso acaba atraindo pessoas
sedentas por valores culturais modernos, pois na visão da Nova Era, tudo isso é
possível já que “não exige mais fé que ir ao cinema”, e assim tem-se nas mãos
pessoas com uma falsa sensação de ter saciado suas vontades espirituais e
carnais. O verdadeiro Cristão se opõe a todo esse marketing criado pela Nova
Era, porque o seguidor de Cristo responde ao convite de olhar para fora de nós,
e sim ter um olhar que vai além do conhecimento dos homens, o verdadeiro
católico responde o chamado de Deus de viver o diálogo de amor.
Pode-se caracterizar a sociedade de hoje como a “sociedade
do imediatismo”, tudo está relacionado a três simples atos: publicar, curtir e
compartilhar. Visto isso as grandes mídias se utilizam desses recursos pra
doutrinar a Nova Era e difundir sua mensagem, o cristão precisa estar atento a
tudo que ocorre em seu redor, pois essa mensagem é perigosa e seduz filhos,
primos, tios, etc. E isso faz com que ela ganhe visibilidade e certo
reconhecimento. A essência da Nova Era é a livre associação de várias
atividades, ou seja, não há uma articulação definitiva de doutrinas, como as
principais religiões, ela busca mostrar que o cosmo é um todo orgânico, que
está animado por uma energia- o que para ela seria como o nosso Deus-, se
acredita na mediação de várias entidades espirituais. Ela tenta mostrar que os
seres humanos são capazes de controlar sua vida além da morte, pois para ela o
pecado não existe, há apenas uma consciência imperfeita, o que de uma forma ou
de outra desassocia o ser humano do seu Criador, visando deturpar a criação com
ideologias, um exemplo bem claro disso é a tão falada Ideologia do Gênero.
Como o católico deve se comportar diante da Nova Era?
Sabendo que o cristão é humano acima de tudo, tendo por
natureza inclinação ao pecado, é possível que tenha incertezas e
questionamentos a se fazer. Primeiramente quando situações como a citada
ocorrer a oração será a melhor arma, depois questionar a si próprio para saber
como está a sua fé. A Nova Era tenta, por meio de argumentos pífios embasados
nos evangelhos apócrifos, confundir a cabeça do Cristão fazendo-o pensar que
Jesus Cristo foi apenas um homem, e que como Ele, muitos outros existiram e que
Ele não é o único Cristo. “E vós quem
dizeis que eu sou? - Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Como já
referido anteriormente a Nova Era visa doutrinar o ser humano dizendo que
existe uma auto-salvação através da auto realização, ou seja, para nova era não
existe pecado, o que se contrapõe ao que os cristãos acreditam, pois para todo
cristão a salvação vem de uma vida de busca contínua pela santidade, porque
aquele que crê no Pai não o quer ofender, e o pecado ofende a Deus. Os
defensores da Nova Era defendem que o futuro das pessoas está escrito nas
estrelas, por isso é cada vez mais comum vermos pessoas se apegando a
horóscopos e não a Palavra de Deus, cada Cristão tem o dever de aceitar as
escolhas de Deus em sua vida e a partir disso ajudar Deus a conduzir o seu
futuro. A verdade não é inventada, a verdade vem do Pai, pois “ele é o caminho,
a verdade e a vida”, assim como nos ensina São Paulo em Efésios 6, proteger-se
com a armadura de Deus, a fim de que possamos resistir as ciladas do inimigo.
Conclusões finais:
Se somos cristãos, sabemos que Jesus prometeu estar conosco
até o fim dos tempos, ou seja, Cristo estará conosco para sempre e não por uma Era.
O Cristão deve aspirar ao martírio e as perseguições, porque Jesus nos diz que “aquele
que der testemunho de mim diante dos homens, eu também darei testemunho diante
do Pai”. O Cristão tem que ter sempre em mente que o mundo vai tentar seduzir
com coisas grandiosas, mas aqueles que esperam em Deus terão como herança o
Reino dos Céus.